Haverá sempre uma Cavalaria

 

No ano de 1808 a invasão de Portugal pelas forças napoleônicas motivou a vinda da família real portuguesa para o Brasil. Naquele ano decisivo nascia, a 10 de maio, na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio (hoje município de Tramandaí-RS), aquele que viria a ser o Patrono da Arma de Cavalaria, Manoel Luis Osório. Em 01 de maio de 1823, com 15 anos incompletos, assentou praça na Cavalaria da Legião de São Paulo e acompanhou o Regimento de seu pai na luta contra tropas portuguesas que não aceitavam a independência do Brasil. Seu batismo de fogo ocorreu às margens do arroio Miguelete em 13 de maio daquele ano. Como Alferes, participou, aos 17 anos, da Campanha da Cisplatina, na qual se distinguiu por sua bravura, patrocinando atos de puro heroísmo, particularmente nos combates do Passo do Rosário e de Sarandi.

 

 

Plena de contínuos êxitos, a notável carreira militar de Osório teve sua consagração na Batalha de Tuiuti, na qual, firmando-se em conhecimentos táticos e inigualável bravura, demonstrou ser um perfeito comandante de batalha. O apreço da população, o reconhecimento do Império e a estima dos irmãos-de-armas ornavam sua existência quando esta chegou ao fim, no dia 4 de outubro de 1879, na cidade do Rio de Janeiro. Perdia o Brasil, naquele momento, um soldado de trajetória cívico-militar exemplar. Extinguia-se uma das mais valiosas existências, símbolo de um povo, síntese de uma época, o Marquês do Herval,  ”O Legendário”, Patrono da Arma de Cavalaria. Os cavalarianos de hoje rapidamente se adaptam às novas tecnologias de defesa, inseridas nos seus blindados e modernos equipamentos de guerra, tendo sempre como lema: “Mecanizado, sem perder a tradição...”. Neste dia 10 de maio, gerações de discípulos cultuam o legado de Osório, por devoção, respeito e motivação, cientes de que “Haverá sempre uma Cavalaria!