(Canção do Expedicionário)
"... por mais terras que eu percorra/
não permita Deus que eu morra/
sem que volte para lá./
Sem que leve por divisa este V que simboliza/
a vitória que virá./
Nossa vitória final/que a mira do meu fuzil/
a ração do meu bornal e a água do meu cantil/
as asas do meu ideal/
e a glória do meu Brasil!"
Ao soldado desconhecido
Para você, amigo soldado brasileiro, a minha oração e devotado preito de admiração.
Para você soldado desconhecido, meu irmão, meu camarada, que um dia, deixando para trás familiares, amigos e aquela casa pequenina lá no alto da colina, onde canta o sabiá, deixou também sua alma, sua vida para sempre, na terra tão querida, da Senhora do Céu Aparecida e do Senhor do Bonfim, para integrar a gloriosa FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA OS AGRADECIMENTOS DA PÁTRIA.
À você que numa tarde sonolenta de setembro, quase noite, disse Adeus aos seus entes queridos, a bordo de gigantesco navio com destino à plagas desconhecidas.
E lá em terras inóspitas, o heroísmo incendiava seu peito, ao defender a força sagrada do direito, contra o mais rude dos destinos.
Lá envolto em chama eloqüente, seu heroísmo quente,
feria como um punhal.
Lá você combateu valentemente o traiçoeiro inimigo.
Foi lá que você sucumbiu anonimamente.
E ao tombar nos Montes Apeninos, num gesto heróico e varonil sacundio o coração para o lado do Brasil.
À você, soldado desconhecido.
O RECONHECIMENTO DA PÁTRIA.
Naquela tarde, envolta em misterioso silêncio, a desolada mãe olhava o monstro de ferro que sumia no horizonte, levando no bojo seu filho amado. Uma dor ingente e desmedida. Um golpe crucial rijo e profundo feria-lhe o peito nesse momento, em que ele partia para o velho mundo.
E, paralisada de dor ali no cais, parecia ouvir uma voz que lhe dizia: "Mãe, teu filho que partiu, que na curva cinzenta sumiu, que pela última vez ali te viu, não voltará mais!"
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