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A Entrada dos Cadetes - Está Lembrado?

 

No início de março, numa segunda-feira, os grandes portões da AMAN que compõem o Portão Monumental , abriram-se para dar passagem, oficialmente, aos novos Cadetes.
É uma cerimônia tradicional da Academia e que tem um significado muito grande, pois, ao transpor aqueles portões, todos se comprometem a honrar as tradições que a Academia guarda desde sua criação.

O mais novo em idade é nomeado Claviculário, o Cadete que conduz as chaves e abre o Portão situado à esquerda do Portão Monumental, cuja parte central se destina à entrada de viaturas.

Sim, porque o da direita só é aberto quando cada Turma se forma e vai embora da Academia, o que, normalmente, ocorre no final de cada ano letivo.

 

A Vida Acadêmica

 

A partir dessa cerimônia, a vida militar começa, realmente, para muitos colegas, oriundos do meio civil ou do Colégio Militar. Os que vinham das Escolas Preparatórias de Cadetes (Porto Alegre, Campinas e Fortaleza) já tinham uma formação militar e não encontravam nenhuma dificuldade em seguir os regulamentos disciplinares do Exército e da Academia. Portanto, a vida acadêmica seguia mais ou menos a mesma rotina.

A Alvorada era às cinco e meia da manhã, a formatura para o Café às seis horas, a formatura matinal às seis e meia, o início das aulas da manhã às sete horas, e o término da quinta aula às onze e vinte, com um intervalo de quinze minutos entre a terceira e a quarta aula.

A formatura para o Almoço era às onze e quarenta e o descanso após a refeição ia até às doze e cinqüenta, quando, mais uma vez, entrava-se em forma, para início das aulas da tarde, às treze e dez, com término da nona aula, às dezesseis e trinta e cinco. 
Todas as formaturas e trocas de sala eram feitas em forma, sempre com um Chefe de Turma comandando o pessoal. Havia uma escala semanal ou quinzenal para a troca de chefia e cada um que passava por essa função era conceituado por todos os colegas e também pelo Oficial responsável pelo Pelotão.

A Turma ainda ficou algum tempo à paisana, a espera da chegada de todos para a distribuição oficial de todo o fardamento. Um dia de alvoroço, o do recebimento das roupas, coberturas, coturnos e sapatos. Às vezes, era preciso trocar peças entre os próprios companheiros, quando não havia no depósito da Intendência, ou melhor, no Almoxarifado. Outras vezes, o jeito era tentar ajeitar o uniforme com uma costureira, ou, quem sabe, com a própria mãe, na primeira visita em casa. Os baixinhos, como Tavares, sofriam mais por receberem roupas "engole- paletó".