30 de Outubro: Dia do Material Bélico !

 

Material Bélico é o importante segmento do Exército que provê apoio logístico voltado para a manutenção principalmente de armamentos, viaturas e aeronaves, no tocante ao suprimento de peças e conjuntos de reparação. Entre suas atribuições, inclui-se também o suprimento de combustíveis, óleos, graxas e lubrificantes para motores e máquinas. O Quadro de Material Bélico, componente operacional do Exército, integrado, anteriormente, a setores que se dedicavam na obtenção e distribuição de suprimento, foi criado pela Lei 3.654 de 4 novembro de 1959. Todavia as origens do Material Bélico remontam ao período colonial da história do Brasil, quando se organizou uma estrutura de manutenção capaz de apoiar e prestar manutenção ao material militar no Exército colonial.

 

 

O Tenente-General Carlos Antônio Napion é o seu patrono. Nascido em Turim - Itália, em 1756, sua história confunde-se com a do Material Bélico no Brasil. Em 1800, após a conquista da Itália por Napoleão Bonaparte, passou a servir ao Reino de Portugal. Veio para o Brasil em 1808, integrando a comitiva da família real. Foram-lhe atribuídas múltiplas e difíceis missões ligadas à defesa e implantação da Indústria Militar de Material Bélico, bem como ao ensino militar superior. Na função de Inspetor Geral Real, criou e dirigiu a Fábrica Estrela e o Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro, raízes da estrutura de Material Bélico do Exército. Foi também Inspetor Geral de Artilharia, ampliando a Real Fábrica de Armas da Conceição e aprimorando a estrutura das fortalezas da colônia. Como presidente da Junta Militar da Academia Real Militar, criada por D. João VI, coube-lhe organizá-la e dirigi-la, fato que lhe conferiu o privilégio de ter sido o primeiro comandante das Academias Militares em terras brasileiras . Seu nome figura em primeiro lugar na galeria de ex-comandantes da atual Academia Militar das Agulhas Negras (à época, Academia Real Militar, criada em 23 de abril de 1811), função em que permaneceu até sua morte em 27 de junho de 1814. Seus restos mortais encontram-se no Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro. O precioso legado de realizações tornou-o merecedor do reconhecimento da instituição e do país, materializado através de Decreto Presidencial de 1966 que o consagra Patrono do Quadro de Material Bélico.