A partir da década de 1870, como consequência da Guerra do Paraguai, a Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), foi tomando corpo a ideia de alguns setores da elite de alterar o regime político vigente. Fatores que influenciaram esse movimento:


• O imperador D. Pedro II não tinha filhos, apenas filhas. O trono seria ocupado, após a sua morte, por sua filha mais velha, a princesa Isabel, casada com um francês, Gastão de Orléans, Conde d'Eu, o que gerava o receio em parte da população de que o país fosse governado por um estrangeiro;


• O fato de os negros terem ajudado o exército na Guerra do Paraguai e, quando retornaram ao país, permaneceram como escravos, ou seja, não ganharam a alforria.

 

A Proclamação da República no Brasil ocorreu dia 15 de novembro de 1889 na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do Exército Brasileiro, liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca que veio a se tonar o primeiro presidente do Brasil, destituiu o imperador e assumiu o poder no país. O evento representou o início da Era Republicana e o fim da Monarquia Constitucional Parlamentar no país, instaurando um novo regime de governo: a forma republicana presidencialista de governo, encerrando a monarquia constitucional parlamentarista do Império e, por conseguinte, destituindo o então chefe de Estado, imperador D. Pedro II, que, em seguida, recebeu ordens de partir para o exílio na Europa.



* Quando passou pelo portão do então Ministério da Guerra, o marechal Deodoro acenou com o quepe e ordenou às tropas que se apresentassem. As tropas se enfileiraram e ouviu-se o Hino Nacional. Estava proclamada a República. Não houve derramamento de sangue.

 

* Temendo manifestações a favor da monarquia, os líderes do movimento pediam que D. Pedro II e sua família partissem naquela mesma madrugada. Dizem os relatos que a Imperatriz Tereza Cristina chorou, que Isabel ficou muda e que o Imperador apenas soltou um desabafo: “Estão todos loucos!”


* Antes de sua partida D. Pedro II escreveu uma mensagem: “Cedendo ao império das circunstâncias, resolvo partir com toda a minha família para a Europa amanhã […] Ausentando-me, conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo votos por sua grandeza e prosperidade”.