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Carta do De Cunto rebatendo matéria publicada na revista “Isto É Independente” – Ed Fev 2011:

 

 

A revista "Isto É Independente" publicou matéria intitulada "Motim na Abin",em 11 de fevereiro de 2011, Edição 21531 e, para minha surpresa, reproduzida na resenha do Centro de Comunicação Social do Exército, afirmando que fui exonerado por ter nomeado ex-militares torturadores citados no livro "Tortura Nunca Mais". Completa inverdade.

Na realidade, trata-se do ex-Tenente (R2) Del Menezzi, lamentavelmente já falecido, que era relacionado como torturador naquele livro.

Ao assumir o Serviço, em 1996, exonerei o Del Menezzi de Chefe das Operações de Inteligência e o nomeei para Instrutor do, então, Centro de Formação de Recursos Humanos que fazia as vezes de Escola de Inteligência do Serviço, justamente a função que sempre tinha exercido na atividade de Inteligência. Essencial observar que a publicação do citado livro é anterior a 1996 e, sendo tanto a chefia de operações de Inteligência como a de docente, cargos comissionados, tudo era publicado no Diário Oficial da União (DOU), portanto, de conhecimento amplo e irrestrito. Desejo esclarecer que tomei essa atitude porque queria escolher um Chefe de Operações sob a minha responsabilidade e não porque o livro denunciasse Del Menezzi. Nunca li esse livro e mesmo que o fizesse não poderia considerar como um documento oficial.
Por que nessa oportunidade a imprensa não se pronunciou, assim como ninguém se manifestou contra a nomeaçaõ de um "torturador" sob a minha chefia?

Já em dezembro de 1999, promulgação da lei que estabeleceu a Abin, convoquei o analista Del Menezzi e o informei que devido à qualidade de seu trabalho e postura de decência iria nomeá-lo para chefe de uma divisão de assuntos de especiais(Organizações Criminosas e Contra-Terrorismo) e assim procedi, no início do ano de 2000.
Mais uma vez essas movimentações foram publicadas no DOU e, mais uma vez, não ocorreram manifestações de espécie nenhuma contra esses atos.

Mas, valendo-se da deslealdade de uns poucos servidores da Abin e de outros interesses, no bojo de uma crise, explorada no dia-a-dia pela imprensa, com acusações também inverídicas de procedimentos da Agência, em dezembro de 2000, um jornal noticiou que eu nomeei um ex-oficial torturador inscrito no "Tortura Nunca Mais".

E nesse caso pedi a minha exoneração, em carta ao Sr Presidente da República.
Essa a Verdade.
Ariel Rocha de Cunto.