A embarcação "Vale Brasil", que acaba de quebrar o recorde de maior
navio mineraleiro do mundo, realizou com sucesso a sua atracação
inaugural ontem (23), no porto de São Luís (MA), de onde partirá no
próximo dia 26, rumo à China, transportando 400 mil toneladas de
minério de ferro. A operação durou quase cinco horas, de 8h20 até às
13h, quando foi concluída a amarração dos 24 cabos de aço (12 ligados
à proa e, os outros 12, à popa).
Segundo o presidente da Associação dos Práticos do Estado do Maranhão,
José Roberto Taranto, a manobra foi auxiliada por um rebocador a mais
do que seria o usual para navios de grande porte naquela região,
totalizando cinco rebocadores, quatro deles com força de 75 toneladas
BP (os mais fortes hoje em operação no país).
O "Vale Brasil" havia chegado à zona portuária da capital maranhense
em 12 de maio e ficou aguardando o carregamento de minério de ferro em
outros navios mineraleiros. Segundo o prático Taranto, além da fila de
navios, “a espera de 11 dias deveu-se também ao monitoramento de condições de correntes e marés que fossem o mais favorável possível
para esta primeira atracação de um navio tão grande”. De acordo com
ele, privilegiou-se um horário diurno de trabalho e a manobra foi
feita numa maré de quadratura, que é um pouco mais branda, oferecendo
mais conforto e segurança para a atividade. “A costa do Maranhão tem
uma das marés mais fortes do mundo, com amplitude que costuma bater os
sete metros. No entanto, a atracação do "Vale Brasil" ocorreu numa
maré de quatro metros, com correntes de três a quatro nós,
configurando-se num cenário natural menos turbulento.”
O "Vale Brasil"
O "Vale Brasil" é o primeiro de uma frota de sete navios encomendados
pela Vale ao estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co, na
Coreia do Sul. Tem capacidade para transporte de 400 mil toneladas de
minério por viagem, 362 metros de comprimento, 65 metros de largura e
56 metros de altura até o mastro (o equivalente a um prédio de 22
andares). Entre as vantagens trazidas pelo navio, espera-se o
benefício ambiental, decorrente da redução de 35% na emissão de
carbono por tonelada de minério transportada, e a sensível queda do
custo do frete, tornando o minério da Vale ainda mais competitivo no
mercado asiático
Fonte: NOTICIARIONAVAL <emexport@superig.com.br> Jun 01 "
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